O MEU TEMPO É O MESMO QUE O SEU? AS DIFERENTES CONFIGURAÇÕES DA JORNADA DE TRABALHO

Palavras-chave: Tempo, Jornada de trabalho, Industrialização, Pesca

Resumo

Este artigo tem a pretensão de fazer uma breve reflexão acerca da percepção da dinâmica do trabalho e a forma como seu tempo é gerido, chamando atenção a diferentes jornadas de trabalho que se configuram de acordo com a necessidade da organização social pré-estabelecida na sociedade posta em análise. Para além disso, o artigo busca ainda, analisar as particularidades da realidade brasileira, chamando atenção ao caso da pesca no município de Tamandaré e as iniciativas do Governo para administração do trabalho na localidade.

Biografia do Autor

Ramona Raissa do Nascimento Guerra Melo Ribeiro, UFPE

Bacharela do curso de Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco, licencianda do curso de Ciências Sociais pela UFPE e mestranda em Sociologia do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE (PPGS UFPE), com atuação na área de pesquisa da Sociologia da Pesca. Atualmente, é bolsista CNPQ pelo Programa de Pós- Graduação em Sociologia; Pesquisadora do Observatório do Mercado de Trabalho de Pernambuco (OMT-PE); e Pesquisadora do Núcleo de Estudos Humanidades Mares e Rios - NUHUMAR. Além disso, é voluntária do Projeto de Extensão Portal Pré Vestibular acadêmico (UFPE), onde atua como coordenadora geral e professora das equipes de sociologia e intertexto.

Referências

ALVIM, Rosinele & LOPES, José Sergio Leite. A usina e a varanda: a teatralização da dominação tradicional. UNICAMP. Caderno Pagu, nº 29, p. 91-109, dez/2007.
CORDELL, John. Marginalidade social e apropriação marítima da Bahia In. DIEGUES, Antonio Carlos; MOREIRA, Andre de Castro (Org.). Espaços e recursos naturais de uso comum. São Paulo: NUPAUB/USP, p.139-160, 2001.
DIAS NETO, José Colaço. Quanto custa ser pescador artesanal? Etnografia, relato e comparação entre dois povoados pesqueiros no Brasil e em Portugal. Rio de Janeiro: Garamond, 2015.
DIEGUES, Antonio Carlos. A pesca construindo sociedade. São Paulo: Nupaub/USP, 2004.
_____ . Etnoconservação: novos rumos para a conservação da natureza. São Paulo: Nupauh-USP, 2000;
_____ . Pescadores, camponeses e trabalhadores do mar. São Paulo: Ática, 1983.
ELIAS, Norbert. Mozart: sociologia de um gênio. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.
KOWARICK, Lúcio. Trabalho e vadiagem: as origens do trabalho livro no Brasil. 2º edição. São Paulo: Paz e Terra, 1994.
MARX, Karl. O capital: Livro I. São Paulo: Boitempo, 2013.
RAMALHO, Cristiano Wellington Noberto. Ah, esse povo do mar! Um estudo sobre trabalho e pertencimento na pesca artesanal pernambucana. São Paulo: Polis, SP: CERES, 2006.
_____ . A formação histórica da pesca artesanal: Origens de uma cultura do trabalho apoiada no sentimento de arte e de liberdade. Cadernos de Estudos Sociais. Recife. V. 24 nº2 p261-285, jul/dez. 2008.
_____ . A desnecessidade do trabalho entre os pescadores artesanais. Sociologias, Porto Alegre, ano 17, no 38, p. 192-220, jan/bar 2015.
_____ . Elos de pertencimento na pesca artesanal. In: CASTELLUCCI JÚNIOR, Wellington; BLUME, Luiz Henrique dos Santos. Populações litorâneas e ribeirinhas na América Latina: estudos interdisciplinares (vol. 2). Salvador: Eduneb, 2017.
_____. Embarcadiços do encantamento: trabalho sinônimo de arte, estética e liberdade na pesca marítima. Campinas: Ceres-Unicamp; São Cristóvão: Editora da UFS, 2017.
SENNET, Richard. O artífice. 2ª edição, Rio de Janeiro: Record, 2009.
THOMPSON, Edward Palmer. Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial. In: Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, p.267-304, 1998.
Publicado
2020-10-16
Como Citar
do Nascimento Guerra Melo Ribeiro, R. R. (2020). O MEU TEMPO É O MESMO QUE O SEU? AS DIFERENTES CONFIGURAÇÕES DA JORNADA DE TRABALHO. Mares: Revista De Geografia E Etnociências, 2(1), 31-40. Recuperado de http://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/52