IMPACTOS DA MODERNIZAÇÃO NA COMUNIDADE PESQUEIRA DA ILHA DE PAQUETÁ

Resumo

As comunidades tradicionais que subsistiam prioritariamente da pesca artesanal na Ilha de Paquetá, estão passando por um processo continuado de desterritorialização do espaço em que habitam e retiram o seu sustento. A escassez de recursos advindos de sua atividade econômica os tem obrigado a buscar meios de subsistência em outras atividades que não a pesca. Esse cenário se deve em parte a dinâmica dos eventos econômicos característica dos centros urbanos tal qual ocorre na capital carioca, à deterioração ambiental e à ausência de aplicação de políticas públicas que salvaguardem a gestão do território da pesca artesanal. A falta de suporte governamental e o desconhecimento deste para manutenção das comunidades pesqueiras tradicionais, levaram os pescadores a buscar outras alternativas para garantia da sobrevivência de suas famílias. Além disso, a perda de controle de territórios coletivos e simbólicos próprios de suas características, gradativamente se amplia e altera a dinâmica socioespacial, trazendo prejuízos para a cultura local. Assim, esse trabalho consiste em analisar as diferenças, os conflitos e as formas de uso e ocupação do território. O estudo também investiga a percepção dos moradores da Colônia de Pescadores da Ilha de Paquetá, no que tange essas transformações e de seus impactos em seu cotidiano e no seu modo de vida.