A PESCA ARTESANAL COMO MOVIMENTO DE LUTA E OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS MODERNIZAÇÕES INDUSTRIAIS NA ORLA DA BAÍA DE GUANABARA (RJ)

  • Diogo Chaves UERJ/FFP
Palavras-chave: Violência Urbana, Segregação, Modernização, Território

Resumo

O presente artigo tem como objetivo espacializar alguns dos empreendimentos industriais que se instalaram ao longo da orla da baía de Guanabara, devido ao acelerado crescimento do espaço urbano-metropolitano do Rio de Janeiro. Esse fenômeno, muitas vezes orquestrado pelo Estado, gerou graves consequências, algumas irreversíveis, em sua biodiversidade, agravando a situação daqueles trabalhadores que necessitam desse ecossistema para a sua sobrevivência. Dentre esses trabalhadores, os pescadores artesanais se destacam como sujeitos que atuam na dinâmica da produção social do espaço na baía de Guanabara. A pesca artesanal, como atividade secular, vem sofrendo sérias ameaças com os avanços do capitalismo industrial e da modernização sobre seus territórios pesqueiros, o que gera conflitos entre os diferentes atores que disputam o espaço urbano. Nesse sentido, a pesca artesanal também se torna um movimento de luta para não ser inviabilizada e excluída pelo capital e o poder estatal. Assim, este artigo será apresentado em duas etapas: o processo de modernização, com algumas das diferentes fases da industrialização na Região Metropolitana do Rio de Janeiro e seus impactos socioambientais; e uma síntese das lutas e desafios dos pescadores artesanais diante dos empreendimentos industriais às margens da baía de Guanabara.

Publicado
2022-07-11
Como Citar
Chaves, D. (2022). A PESCA ARTESANAL COMO MOVIMENTO DE LUTA E OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS DAS MODERNIZAÇÕES INDUSTRIAIS NA ORLA DA BAÍA DE GUANABARA (RJ). Mares: Revista De Geografia E Etnociências, 3(2), 119-126. Recuperado de http://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/149