https://revistamares.com.br/index.php/files/issue/feedMares: Revista de Geografia e Etnociências2024-02-27T18:12:12-03:00Cristiano Quaresma de Paulaeditor@revistamares.com.brOpen Journal Systems<p>A “<strong>Mares: revista de geografia e etnociências</strong>” é uma publicação da Rede de Geografias da Pesca, que busca ampliar os debates relacionados a pesca e as comunidades pesqueiras do Brasil, e de outros países. É uma publicação proposta por Geógrafos, mas pretende promover o diálogo com áreas do conhecimentoscorrelatas, especialmente aquelascomprometidascom as etnociências. Também abre-se ao interconhecimento, recebendo artigos, cartas, e relatórios promovidos por movimentossociais e comunidades pesqueiras.</p>https://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/211OS CÓDIGOS CULTURAIS DA COMUNIDADE PESQUEIRA DA ILHA DA TOROTAMA, RS2024-02-27T18:12:12-03:00Jaqueline Rosa Borgesjaque.borges2201@gmail.comJuliana Cristina Franzjulianafranz@gmail.com<p>A pesca artesanal é a principal atividade de subsistência desenvolvida na Torotama, Rio Grande – RS, sendo exercida no seio familiar ou por meio de parceria. Nesta localidade, a pesca se mantém presente por diversas gerações, pois é a partir das relações de convívio familiar que se desenvolvem os primeiros saberes essenciais para a aprendizagem e sociabilidade. Diante do exposto, partindo das contribuições da geografia cultural, busca-se compreender pela ótica dos códigos culturais, e suas manifestações via imaterialidade e materialidade, o cotidiano da comunidade pesqueira da Torotama. A partir do método qualitativo, o presente trabalho se desenvolve com uso de revisão bibliográfica e trabalho de campo. O artigo parte da compreensão teórica, obtida por meio da revisão de autores e teorias existentes, para posteriormente discutir resultados do trabalho de campo, cujo foco foi coletar dados referentes ao recorte espacial selecionado, como uma técnica crucial para obter informações empíricas e concretas sobre o cotidiano da comunidade pesqueira em questão. Assim, de forma sucinta, os códigos culturais da ilha da Torotama estão atrelados a uma simbologia que é materializada, dotados de significados que contemplam desde os saberes pesqueiros, os valores e crenças, dentre outros, e que de forma integrada, em seu conjunto, constituem a cultura do lugar, permitindo a compreensão da singularidade da ilha da Torotama.</p>2024-02-26T16:19:35-03:00Copyright (c) 2024 Jaqueline Rosa Borges, Juliana Cristina Franzhttps://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/207A ATIVIDADE PESQUEIRA EM SÃO FRANCISCO DE ASSIS - RS2024-02-27T18:12:12-03:00Vitória Menezes Contessavitoriammcc@gmail.comEduardo Schiavone Cardosoeducard2016@gmail.com<p align="justify"><span style="font-family: Arial, serif;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: #000000;"><span style="font-size: medium;">O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados preliminares de um projeto de pesquisa, que busca caracterizar a atividade pesqueira no município de São Francisco de Assis – RS. Tem como proposta identificar as relações entre a pesca e os ambientes fluviais, bem como os conflitos que se estabelecem no interior deste setor produtivo na área de estudo. Parte de uma contextualização geral da pesca continental do Rio Grande do Sul e das características do município de São Francisco de Assis, para em seguida apresentar os dados do levantamento realizado junto aos pescadores locais. Os resultados apontam para a presença de um pequeno número de pescadores profissionais no município e que desenvolvem uma pesca de pequena escala, garantindo seu sustento e sua reprodução econômica e social.</span></span></span></span></p> <p align="justify"> </p>2024-02-26T16:17:08-03:00Copyright (c) 2024 Vitória Menezes Contessa, Eduardo Schiavone Cardosohttps://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/210O ENSINO DE GEOGRAFIA NO/DO TERRITÓRIO: A DIALÓGICA ENTRE A COMUNIDADE PESQUEIRA E A ESCOLA2024-02-27T18:12:12-03:00Caroline Cruz Alvarizcarol.alvariz@hotmail.comCristiano Quaresma de Paulacqpgeo@gmail.com<p>O presente artigo faz referência a um estudo em desenvolvimento com estudantes da Educação Básica. A escola está situada no território pesqueiro às margens do Estuário da Lagoa do Pato, em uma paisagem com muitas fragilidades sociais. Ao questionar o papel da escola, se reconhece a escola como um espaço privilegiado de luta, mesmo em um contexto que gera desigualdades. Para tanto, é essencial propor práticas de ensino que supere uma educação ingênua e acrítica que reproduz e reforça a exclusão social. Assim, criar possibilidades onde os alunos possam compreender e a indagar as contradições que os limitam na sociedade é tarefa essencial do educador que se propõe a uma educação transformadora. Torna-se um desafio a problematização e o aprofundamento do conhecimento do espaço, a partir do lugar em que vive. Para tanto, para entender a complexidade da sociedade contemporânea, é preciso conhecer, não acumulando informações, mas sim, compreendendo os processos, as dinâmicas e as relações sociais que se materializam o espaço em que vivemos, para refletir e construir possibilidades de intervenções e de ações no mundo, desde a escala local até global.</p>2024-02-26T16:17:31-03:00Copyright (c) 2024 Caroline Cruz Alvariz; Cristiano Quaresma de Paulahttps://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/214TERMO DE COMPROMISSO PARTICIPATIVO NO PARQUE NACIONAL DA LAGOA DO PEIXE: TERRITÓRIO DE LUTA E SUPERAÇÃO DE CONFLITOS2024-02-27T18:12:12-03:00Layon Brum da Silvalaybrum@gmail.comCristiano Quaresma de Paulacqpgeo@gmail.com<p>O presente artigo trata-se de um recorte do trabalho de conclusão de curso <br>desenvolvido por Layon Brum e aprovado em 2022. Este foi intitulado como O Termo <br>de Compromisso Participativo como Instrumento de Luta e Resistência do Território <br>Pesqueiro Tradicional no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, RS. Na referida <br>pesquisa Brum (2022) teve como intuito compreender o processo que levou a criação <br>de um Termo de Compromisso Participativo entre a gestão da Unidade de <br>Conservação da Natureza e a comunidade de pescadores artesanais. Esta pesquisa <br>partiu do conhecimento prévio sobre as décadas de violentas disputas que aconteciam <br>na região, devido a implementação do parque sobre territórios tradicionais. Dito isso, <br>por meio de uma análise documental e entrevistas semiestruturadas, foi possível <br>compreender que os conflitos no parque foram causados por políticas de preservação <br>da natureza inconsistentes com a realidade de comunidades tradicionais. Dito isso, o <br>presente artigo aprofunda-se na discussão sobre os territórios tradicionais e sobre a <br>visão dos pescadores artesanais da Lagoa do Peixe sobre os processos de exclusão <br>e posterior reaproximação de seus territórios e territorialidades tradicionais.</p>2024-02-26T16:20:35-03:00Copyright (c) 2024 Layon Brum da Silva, Cristiano Quaresma de Paulahttps://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/241BIOGRAFIA ESPACIAL DA PESCADORA CILANDA BORGES CAMINHA2024-02-27T18:12:12-03:00Giulia Câmara Caldasgiuliacamarac@gmail.comCristiano Quaresma de Paulacqpgeo@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">As pescadoras e pescadores artesanais têm se organizado para reivindicar seus direitos fundamentais à existência, direito à terra, direito à água, direito à moradia, direito à aposentadoria. Nesse processo de combate ao avanço da modernização em seus territórios usados tradicionalmente, com uma técnica mais modesta, destacam-se lideranças que deixam marcas no território, no lugar, e principalmente, nas pessoas. Na Lagoa dos Patos, Cilanda Borges Caminha é uma dessas lideranças, cujo legado persiste mesmo após sua partida em 2017. Ao usar a abordagem de narrativas espaciais proposta por Lindón, este artigo busca relatar um pouco da história da Cilanda, evidenciando sua profunda conexão com a história da comunidade e de outras pescadoras e suas diferentes formas de resistência. </span></p> <p> </p>2024-02-27T13:44:16-03:00Copyright (c) 2024 Giulia Camara, Cristiano Quaresma de Paulahttps://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/245O CAMINHO ATÉ ATALAIA2024-02-27T18:12:12-03:00Roxana Ruiz Buendiaroxana.ruiz.buendia@gmail.com<p>Neste texto narro o processo de co-construção do tema de pesquisa junto a lideranças pesqueiras artesanais da Reserva Extrativista de Canavieiras (Resex de Canavieiras), unidade de conservação federal marinho-costeira no litoral sul baiano, no Brasil, e que é onde estou conduzindo a pesquisa de doutorado. Fazendo uso de fundamentos de estudos autobiográficos, documentais e autoetnográficos, descrevo as circunstâncias que me fizeram chegar até Atalaia, núcleo pesqueiro artesanal dentro da Resex de Canavieiras e apresento a história da pesca artesanal na região do litoral sul baiano que atualmente comporta à Resex, as principais características dessa prática e o processo de criação da Reserva.</p>2024-02-27T17:53:20-03:00Copyright (c) 2024 Roxana Ruiz Buendiahttps://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/246A PESCA ARTESANAL ENTRE CAMPONESES RIBEIRINHOS DA COMUNIDADE SÃO MARCOS NO BAIXO RIO XINGU2024-02-27T18:12:12-03:00Paulo Junior Pina Maiapaulojuniorpinamaia157@gmail.comMarcia Pires Saraivamarcia@ufpa.brJosé Antônio Magalhães Marinhojosemarinho@ufpa.br<p>O artigo tem como objetivo analisar, desde uma perspectiva geográfica, a dinâmica da pesca artesanal entre camponeses da comunidade São Marcos, no baixo rio Xingu, em Senador José Porfirio, Estado Pará. A obtenção de dados envolveu a realização de entrevistas na comunidade, além de levantamento de material bibliográfico e documental. A análise dos dados aponta que a pesca artesanal é umas das atividades mais expressivas entre os camponeses entrevistados. Em sua maioria, tais camponeses têm a pesca como a principal fonte de renda, o que torna essa atividade importante no processo de reprodução social dos comunitários. Referida atividade é realizada em territórios pesqueiros, onde as espécies são encontradas e capturadas com mais facilidade. Os pescadores se organizam por meio de regras comunitárias, diminuindo, de certa forma, os conflitos nos/por territórios. Os saberes construídos no cotidiano da pesca são transmitidos de geração em geração. Tais saberes relacionam-se ao comportamento, alimentação e reprodução dos peixes, constituindo rica fonte de informações que pode auxiliar no manejo, na conservação e na utilização dos recursos pesqueiros na área estudada. </p>2024-02-27T17:54:52-03:00Copyright (c) 2024 Paulo Junior Pina Maia, Marcia Pires Saraiva, José Antônio Magalhães Marinho