ECONOMIA POLÍTICA DO TERRITÓRIO

O LUGAR DO ENTREPOSTO FEDERAL NOS CIRCUITOS ESPACIAIS DA PESCA NA METRÓLE DO RIO DE JANEIRO

Resumo

As metrópoles litorâneas trazem as marcas de diferentes períodos históricos materializados nas permanências geográficas e na coexistência entre pessoas, instituições e empresas que usam o seu território. Sendo por muito tempo o epicentro de diferentes acontecimentos políticos, econômicos e culturais em âmbito nacional, o município do Rio de Janeiro sofreu inúmeras transformações motivadas pelas mudanças na sociedade. Por seu turno, apesar dos inexoráveis processos modernizantes, os novos arranjos socioespaciais não apagaram os modos de existência pretéritos, cuja atribuição avolumava a “sociodiversidade” da metrópole fluminense, desempenhando um papel primaz na reprodução social das classes populares. Dentre a multiplicidades dos modos de existência na metrópole, o comércio de pescado possuía uma função de relevo no centro do Rio de Janeiro. Na paisagem da baía de Guanabara, a presença das pequenas e grandes embarcações pesqueiras, demonstravam a vitalidade da pesca na metrópole do Rio de Janeiro, cujo volume do pescado desembarcava, em sua totalidade, no Entreposto Federal de Pesca localizado na Praça XV de Novembro. O trabalho tem o objetivo de compreender a organização do circuito espacial da pesca na metrópole do Rio de Janeiro tendo como enfoque analítico o Entreposto Federal de Pesca.