AS TRANSFORMAÇÕES NO LITORAL SUL SERGIPANO E OS SEUS REFLEXOS NA PESCA ARTESANAL FEMININA

Palavras-chave: Palavras-chave: Pesca artesanal; Gênero; Marisqueiras; Cotidiano

Resumo

A discussão está centrada na análise das transformações provocadas pelos novos usos no litoral sul sergipano e seus reflexos nas comunidades pesqueiras do município de Indiaroba. Os procedimentos metodológicos englobaram levantamentos bibliográfico e documental, aplicação de entrevistas, registros fotográficos, oficinas e mapeamento participativo dos pontos de pesca. As populações tradicionais de Sergipe enfrentam a dilapidação do seu modo de vida, reflexo da intensa exploração dos recursos naturais, monocultura, especulação imobiliária, desmatamento de campos nativos e cercamento de terras. Nesse cenário, as mulheres pescadoras (marisqueiras) são as mais afetadas devido a degradação do ecossitema manguezal, porção onde desenvolvem suas atividades. Além disso, enfrentam as desigualdades assinaladas pela hierarquização de gênero que define para as mulheres o espaço privado, da reprodução e, aos homens, espaço público, da produção. Em defesa do território pesqueiro, as marisqueiras sergipanas têm se articulado, desencadeando ações de organização e fortalecimento sociopolítico do grupo. A mobilização das mulheres traduz um passo imprescindível para a conquista da autonomia feminina e afirmação no território como pescadoras-marisqueiras, disputando o poder que lhes é negado. 

 

Biografia do Autor

Rosemeri Melo e Souza, UFS

Pesquisadora do CNPq e Professora Associada do Departamento de Engenharia Ambiental da UFS. Pós-Doutora em Geografia Física (Biogeografia/Planejamento Ambiental) pelo CERES/UFRN (2019) e em Geografia Física (Biogeography) pela ESES/The University of Queensland, Austrália (2010). Doutora em Desenvolvimento Sustentável/Gestão Ambiental (UnB) com estágio doutoral Grupo SLIF da Universidade de Lisboa, Portugal (2000). Publicou, até o presente, mais de 150 artigos em periódicos especializados, 12 livros e 82 capítulos de livros. Membro do Conselho e/ou Revisora de numerosos periódicos científicos internacionais e nacionais. Até o momento, concluiu as orientações de 34 alunos de Iniciação Científica, 14 orientações de extensão e de cooperação internacional, 15 TCC, 08 Monografias de Pós-Graduação Lato Sensu, 30 Dissertações de Mestrado, 21 Teses de Doutorado e 07 Supervisões de Pós-Docs vinculadas a cursos de Graduação, Especialização e aos Programas de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências Ambientais (PPG&CIA), Geografia (PPGEO) e em Desenvolvimento e Meio Ambiente (PRODEMA/UFS). Líder do Grupo de Pesquisas em Geoecologia e Planejamento Territorial (GEOPLAN/CNPq/UFS) e integrante do GEPOGEO (Grupo de Estudo e Pesquisa em Geografia Política e Geopolítica/CNPq/UCSAL). Integra a Rede de Monitoramento de Hábitats Bentônicos (ReBentos/GT MM) vinculada à Rede Clima/MCT e a Rede de Meio Ambiente da América Latina (REIMA). Atua em Geografia Física, com ênfase em Biogeografia e Ciências Ambientais, nos temas: Biomonitoramento/Fitoindicação, Mudanças Ambientais, Avaliação do Meio Biofísico, Drylands, Mangrove; Conflitos/Riscos Ambientais.

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Publicado
2020-04-13
Como Citar
Almeida Santos, E., & Rosemeri Melo e Souza. (2020). AS TRANSFORMAÇÕES NO LITORAL SUL SERGIPANO E OS SEUS REFLEXOS NA PESCA ARTESANAL FEMININA. Mares: Revista De Geografia E Etnociências, 1(2), 7-18. Recuperado de https://revistamares.com.br/index.php/files/article/view/39