CAMINHOS PARA A COOPERAÇÃO
UMA EXPERIÊNCIA DE INCLUSÃO DE COMMONS EM ÁREAS PROTEGIDAS
Resumo
A criação de áreas protegidas de uso restrito em territórios tradicionalmente ocupados por comunidades de pescadores de pequena escala no Brasil originou muitos conflitos de natureza socioambiental. Um desses conflitos ocorre entre o poder público, por priorizar a conservação dos recursos naturais, e os integrantes de comunidades culturalmente diferenciadas, em razão das restrições impostas ao uso do território. Esse trabalho tem por objetivo apresentar os caminhos trilhados pelas autoras para a construção de consenso entre uma associação local e o poder público por meio de estratégias de cooperação para a formalização da prestação de serviço turístico embarcado. A metodologia adotada baseou-se na hibridização do conhecimento local e conhecimento técnico-científico por meio do ciclo de aprendizagem ativa. Foram realizadas, durante cinco anos de atuação conjunta, etapas que incluíram desde oficinas de capacitação até viabilização da participação dos associados em eventos científicos. Os resultados mostram que, mesmo em um cenário de disputas históricas, é possível construir cooperação e aumentar as relações de confiança entre diferentes atores (associados, autoras, gestores), desde que se garanta a inclusão das partes em todas as etapas desse processo e haja avanços nos instrumentos legais que atendam as especificidades das comunidades locais.
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