(RE)CONFIGURAÇÃO DO TERRITÓRIO RIBEIRINHO:
CONFLITUALIDADE PELO ESPAÇO GEOGRÁFICO DA COMUNIDADE BOA ESPERANÇA, NO RIO XINGU, AMAZÔNIA
Resumo
O espaço agrário amazônico é diverso, assim é impreterível ser analisado na sua totalidade, sendo insuficiente a compreensão apenas de dois pares dialéticos que se confrontam na disputa por território, este é somente um dos elementos que compõem a diversidade e a complexidade do espaço agrário. Com a realização desta pesquisa objetiva-se analisar o processo de conflitualidade inerente à reconfiguração territorial de pescadores-ribeirinhos da comunidade Boa Esperança – situada na região médio Xingu – após consolidação do reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte no ano de 2015. Utilizando-se metodologicamente do conceito de território usado, por acreditar ser um caminho possível à compreensão da conflitualidade inerente à disputa de diferentes usos do espaço geográfico (agrário) entre agentes hegemônicos e hegemonizados. Dessa forma, o espaço geográfico leva em consideração as variáveis e os elementos que fazem deste espaço multifacetado, que apresenta uma acumulação desigual de tempos e uma diversidade de elementos que possuem significados diferentes nos díspares contextos amazônicos, relação que ressalta o fato desta de que tal problemática está diretamente vinculada à contradição entre as diferentes lógicas de uso do espaço geográfico (agrário), que se expressam em disputa territorial.
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